Os plantios comerciais atualmente ocupam cerca de 1% do território
brasileiro.
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O Brasil é um dos principais
produtores de celulose, papel e painéis de madeira do mundo, com toda sua
matéria prima oriunda das florestas plantadas. Tais florestas, exercem papel
relevante nos aspectos econômicos, sociais e ambientais, por que contribui com
a balança comercial brasileira, gera emprego e renda em todas as regiões do
Brasil e, ainda proporciona a preservação e conservação ambiental, uma vez que
as florestas plantadas minimizam a supressão de florestas nativas.
No entanto, para a obtenção destes
benefícios para a sociedade, torna-se necessário um planejamento florestal estratégico, no intuito de reduzir os riscos de
perda da matéria prima, prevendo-se a proteção dos povoamentos florestais
através de planos contra o ataque de pragas e incêndios florestais. A figura do gestor florestal e proprietário
de áreas com florestas plantadas deve-se atentar na elaboração e execução de
planos de prevenção.
Os incêndios florestais representam um grande fator de risco para os plantios
florestais brasileiro, principalmente pelas condições climáticas do País
propensas ao início da combustão da biomassa vegetal. A prevenção dos incêndios
podem ser uma grande ferramenta para o gestor florestal, tendo em vista que
representa o trabalho mais importante de um sistema de controle de incêndios.
A prevenção de incêndios é um conjunto de
medidas para a redução de incêndios em florestas plantadas, trazendo inúmeros
benefícios para quem a adota.
A importância da gestão e ordenamento florestal
Os incêndios
florestais, em sua maioria, podem ter suas causas associadas as condições
ambientais adversas (altas temperaturas,
baixa umidade do ar, relevo acidentado, dentre outros) e também provocadas
pelo homem. Tais agentes apresentam ameaças ao planejamento florestal, diante
disso, deve-se estabelecer estratégias no intuito de reduzir os riscos de incêndios,
e consequentemente, prejuízos econômicos a produção florestal. Assim, torna-se
necessário estabelecer uma série de medidas para prevenção dos incêndios em os
povoamentos florestais.
A redução de riscos de propagação de incêndios em áreas
florestais pode ser conseguida através da implantação das seguintes técnicas preventivas pelo Gestor Florestal:
1) Zoneamento de risco de incêndio
1) Zoneamento de risco de incêndio
Por mais que
não seja entendida como uma técnica, pode contribuir na tomada de decisões e
planejamento na prevenção e combate dos incêndios florestais. Tem por
finalidade estabelecer zonas de riscos em toda propriedade, devendo ser
examinados os seguintes fatores: as características topográficas, o tipo de cobertura vegetal e a
quantidade desta acumulada, a proximidade
com povoamentos e estradas, o uso do
solo com propriedades confrontantes, a existência de caminhos e aceiros, a disponibilidade de recursos hídricos e o histórico
da ocorrência de incêndios no local.
Para o melhor
planejamento das ações preventivas, deve-se realizar o zoneamento de risco com base em informações cartográficas, em
levantamentos de fisionomia, dados climáticos e históricos de ocorrência de
incêndios.
2) Construção e manutenção de aceiros
2) Construção e manutenção de aceiros
Podem ser
compreendidos como faixas de livre de
vegetação, cujo objetivo é quebrar continuidade dos combustíveis é segregar
os combustíveis disponíveis para combustão, onde o solo mineral é exposto,
distribuídos através da área florestal, de acordo com as necessidades de
proteção. Os aceiros podem ser de barreiras naturais, como
estradas e curso d’agua, ou construções especificas para impedir ou dificultar
a propagação dos incêndios.
Para a construções
de aceiros, o gestor florestal deverá conhecer o tipo de material combustível
predominante na área, a configuração do terreno da propriedade e as condições
meteorológicas esperadas na época de ocorrência de incêndios, para assim,
definir sua largura. Esta, não pode ser inferior a 5 m e, em locais de
vulnerabilidade, podem chegar a 50 m. Em povoamentos florestais comerciais, uma
rede de aceiros devem constituir os plantios, variando sua largura de acordo
com a sua importância estratégica.
3) Redução do material combustível
Outra medida preventiva para redução de incêndios é a diminuição de materiais combustíveis nos plantios florestais. Tem por finalidade reduzir a intensidade do fogo e dificultar a sua propagação, reduzindo a disponibilidade do combustível. Dentre os métodos utilizados para a redução dos materiais combustíveis, estão: métodos químicos, mecânicos, pastoreio e a queima controlada. Dentre eles, o mais econômico, porém mais arriscado, é a queima controlada que pode ser realizada no interior na floresta, desde de que as espécies (s) sejam resistentes ao fogo.
4) Torres automatizadas de monitoramento florestal
3) Redução do material combustível
Outra medida preventiva para redução de incêndios é a diminuição de materiais combustíveis nos plantios florestais. Tem por finalidade reduzir a intensidade do fogo e dificultar a sua propagação, reduzindo a disponibilidade do combustível. Dentre os métodos utilizados para a redução dos materiais combustíveis, estão: métodos químicos, mecânicos, pastoreio e a queima controlada. Dentre eles, o mais econômico, porém mais arriscado, é a queima controlada que pode ser realizada no interior na floresta, desde de que as espécies (s) sejam resistentes ao fogo.
4) Torres automatizadas de monitoramento florestal
Outra solução
que pode ser adotada pelo gestor florestal no intuito de reduzir ou mesmo
evitar a propagação do fogo é o uso de um conjunto de tecnologias integradas em torres automatizadas de monitoramento de incêndios
florestais. No Brasil, tem
sido cada vez mais comum o uso desta tecnologia, que
dispensa o uso de torristas ou detecção manual de focos de fumaça/incêndios em
florestas plantadas ou áreas nativas, de modo a poupar-se tempo e dinheiro. A tecnologia
oferece uma série de benéficos ao planejamento florestal a curto, médio e longo
prazo. Dentre as
tecnologias acopladas nas torres, destacam-se um conjunto de câmeras, as quais oferecem excelente qualidade de imagem
independentemente das condições de iluminação e do tamanho das áreas
monitoradas. Além disso, todo o sistema é abastecido por meio da energia solar,
captada por uma série de painéis solares acoplado a torre de observação. É uma
ferramenta de grande contribuição para com o planejamento florestal, reduzindo
os riscos de incêndios florestais, diminuindo custos operacionais e otimizando
a gestão dos recursos florestais da propriedade.
5) Construção de açudes
Podem ser constituídos de simples barragens de terra ao
longo de pequenos cursos d’agua, trazendo uma série de benefícios a propriedade
florestal para redução de incêndios. Além de serem pontos estratégicos de
captação de agua para combate aos incêndios, influem beneficamente no
microclima local, através do aumento da superfície de evaporação, e
consequentemente, da umidade relativa do ar.
6) Cortinas de segurança
6) Cortinas de segurança
São técnicas
que alteram a inflamabilidade do material combustível. Áreas com grandes
extensões plantadas com espécies altamente combustíveis, sujeitas a incêndios
de copa, o estabelecimento de faixas de espécies menos inflamáveis para reduzir
a propagação de possíveis incêndios.
A implantação
de vegetação com folhagem menos inflamável, é uma prática eficiente para
reduzir a propagação do incêndio, pois dificulta o o do fogo às copas,
facilitando o combate.
7) Silvicultura preventiva
7) Silvicultura preventiva
Trata-se do
manejo das plantações de florestas nativas ou plantadas com o propósito de
modificar a estrutura do material combustível disponível afim de satisfazer os
objetivos da proteção contra incêndios, associando esta ao melhoramento da
produção e a qualidade do ambiente.
A silvicultura preventiva possui uma série
de técnicas que podem ser adotadas a curto, médio e longo prazo. Dentre as
técnicas de curto e longo prazo, podem–se mencionar:
- Operações de manejo;
- Ações de
ruptura de continuidade interna nas massas florestais;
-
Diversificação de espécies;
- Poda de
arvores e retirada de vegetação de sub-bosque;
- Redução do
material combustível.
As ações a longo prazo adotadas pela silvicultura preventiva devem estar alinhadas as atividades de proteção contra incêndios com as de manejo dos recursos florestais.
*Com informações de:
Serviço
Florestal dos EUA: https://www.fs.fed.us/
Industria Brasileira de Árvores. Relatório IBÁ 2017.
FIELDER, N. C.; TEBALDI, A. L. C.; SANT’ANNA, C. M; MINETTI, L.
J. Prevenção de incêndios florestais. IN: TEBALDI, A. L. C.; FIELDER, N. C.;
FERNANDES, D. C.; PEREIRA, R. S. M.; GARCIA, A. N.; SANT’ANNA, C. M; SOUZA, P.
S. V. N. Controle de incêndios florestais: contribuições para o corredor
central da mata atlântica. Cariacica. Espirito Santo: IEMA, 2012. p. 37-43.
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